17/12/09

o quasemoto


Kozak Collection, Earthquake Engineering Research Center

Hoje os portugueses substituíram o tradicional "bom-dia" pelo "sentiste-o?", e o mundo dividiu-se entre os que sim privilegiados com uma história para contar e os que não. É por isso que a manhã esteve tão animada. Não era para menos: sabemos bem que o de 1755 foi o primeiro acontecimento mediático à escala global, o tema mais excitante da Europa de então. 
É verdade que também o senti: atravessou-me como uma onda, sem resistência, fulgurante, como se deus e o diabo tivessem passado por aqui. Ignoro o porquê deste amar o medo. Pois se tudo tem uma função - e a do medo é exactamente a de nos preservar – como entender o magnetismo do perigo? Terá a biologia do medo uma resposta ou será de a procurar mais para os lados da psicanálise?

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